De médico a paciente: entenda o impacto do endividamento na sua saúde

Apesar de cair pelo terceiro mês consecutivo, o número de brasileiros inadimplentes ainda é considerado bastante alto: 58,8 milhões de brasileiros fecharam agosto com contas em atraso, de acordo com dados divulgados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) no último dia 12.

Desemprego e queda de renda justificam o alto índice de inadimplência no país, que ainda sofre com as crises política e econômica. Ainda que os médicos façam parte de uma categoria que consegue auferir rendas superiores em comparação à média da população, não estão livres da inadimplência. Uma pesquisa de estudantes do curso de Engenharia de Produção da Universidade de Brasília apontou que 14% dos médicos brasilienses estão endividados por conta do descontrole do orçamento pessoal.

Uma vez endividados, é comum que os médicos troquem o lado do balcão: deixam de ser especialistas e passam a ser os pacientes, já que ter contas em atraso provoca diversos malefícios à saúde, especialmente transtornos psicológicos.

Sua saúde e sua vida pessoal em risco

O Projeto-piloto do Procon de Tratamento do Superendividamento, realizado no primeiro semestre de 2011, constatou que um terço dos superendividados tinham problemas de saúde, especialmente sofrimento psíquico diante da incapacidade de voltar ao azul. Assim, os endividados passam a apresentar insônia, além de enfrentar problemas de relacionamento familiar que podem evoluir até o divórcio.

A pesquisa “The high price of debt: Household financial debt and its impact on mental and physical health”, publicada no periódico Social Science and Medicine, em agosto de 2013, listou os quatro efeitos perigosos das dívidas na saúde e vida dos endividados.

Estresse

O primeiro deles é o estresse. Uma pessoa endividada passa a ser cobrada e a cobrança gera ansiedade. O cérebro a interpreta como ameaça e, em resposta, aciona as glândulas suprarrenais, que produzem cortisol e adrenalina, hormônios associados ao estresse que vão minando nossa saúde.

Depressão

O estresse pode precipitar ainda a depressão em pessoas com predisposição. Em decorrência das cobranças, as pessoas se veem com a autoestima afetada, problemas de humor, desmotivadas, com medo e pessimistas em relação ao futuro.

Diagnosticar a depressão pode não ser um processo tão simples, já que a doença pode se manifestar como uma simples apatia, convertendo-se futuramente para um quadro agudo, mas que parece não ter origem definida.

Problemas de relacionamento

Além dos sintomas físicos, o endividamento pode impactar também sua saúde emocional, resultando até em divórcio. Pesquisa feita pela Kansas State University em 2013 coloca as finanças no topo das causas de separações.

Um dos principais motivos pelos quais um indivíduo atinge a ruína do casamento e das finanças pessoais é a falta de educação financeira. Isso porque no Brasil discutir as finanças da família ainda é um tabu.

Em vez de planejarem juntos os investimentos, gastos e receitas da família, é comum que marido e mulher só toquem no assunto quando o problema já tomou proporções significativas. Consequentemente, qualquer conversa se torna tensa, em que ambas as partes procuram culpar um ao outro por tal situação, o que impossibilita chegar em uma solução conjunta.

Produtividade e concentração no trabalho são prejudicados

O endividamento do consumidor inadimplente pode prejudicar inclusive seu desempenho no trabalho. Pesquisa da Society for Human Resource Management), denominada “Financial Education Initiatives in the Workplace”, de 2012, indica que 83% dos profissionais de RH acreditam que os desafios financeiros dos empregados têm impacto na performance da empresa.

Já o levantamento “Employee Financial Wellness Survey”, também de 2012, mostrou ainda que 97% dos funcionários utilizam horas de trabalho para cuidar de questões financeiras pessoais, sendo que 22% despendem pelo menos cinco horas por semana.

Imagine quais impactos tais transtornos podem causar em sua vida, já que é preciso ter atenção constante no exercício da sua profissão?

Educação financeira

Você que é médico sabe muito bem que prevenir é sempre melhor que remediar. Por isso, cuidar adequadamente das finanças é condição para uma vida plena e com a qualidade que necessitamos. Relevar a importância do planejamento e da gestão financeira para o segundo plano pode comprometer o esforço de toda uma vida e transformar sonhos em pesadelos.

Por esse motivo, a Campinas Seguros assumiu a missão de auxiliá-lo por esse caminho e possibilitar que você desempenhe sua profissão com a paz e a tranquilidade necessária.

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