Seguro de vida: mais que um luxo, uma necessidade

Prevenção não é uma prática culturalmente adotada no Brasil, especialmente no que diz respeito aos seguros. A prova desta tese vem da afirmação de Osmar Bertacini, presidente da Associação Paulista dos Técnicos de Seguros (APTS). Em entrevista ao Boletim Resseguro Online do Pellon & Associados, publicada na última semana, Bertacini afirmou que “apenas 12% dos brasileiros possui seguro de vida e acidentes pessoais”.

Disponibilizado por diversas empresas, o seguro de vida é um contrato que garante assistência financeira de familiares ou dependentes caso o contratante falte. No entanto, cabe ressaltar que a apólice de um seguro de vida não contempla apenas “um prêmio” em caso de óbito. Ela é mais completa do que a maioria das pessoas imagina, já que o mercado hoje oferece diversas opções de coberturas, que incluem indenizações em casos de doenças graves, invalidez permanente ou mesmo por incapacidade temporária do segurado.

Mais que ficção, um problema real

Retratar a rotina e os dilemas médicos, de forma fidedigna ou não, está na moda. É o que mostra a quantidade de séries exibidas com a mesma temática nos canais pagos. A mais famosa delas, já com 13 temporadas produzidas, é a Grey’s Anatomy, exibida no canal Sony e disponível na Netflix.

Um dos principais dramas exibidos ainda nas primeiras temporadas é o de Preston Burke, chefe de cirurgia cardiotorácica, que é baleado e tem a coordenação da mão direita comprometida – o que deixa o personagem completamente transtornado e tal frustração acaba impactando também relacionamentos com pessoas próximas. Apesar de ficção e do distanciamento da realidade, o dilema de Burke se repete na vida real, visto que acidentes que comprometem a capacidade produtiva de centenas de pessoas ainda é, infelizmente, uma realidade.

Não há indicadores específicos para a categoria médica brasileira e quais motivos levam estes profissionais ao afastamento do ambiente de trabalho. Mas, apenas a título de exemplo, de acordo com levantamento da Segura Líder, que administra o DPVAT, mais de 2,5 milhões de brasileiros ficaram permanentemente inválidos nos últimos sete anos, depois de sofrerem acidentes de trânsito.

Alternativa ao INSS

Ter um seguro de vida privado ganha ainda mais força diante da inabilidade do Estado em administrar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia vinculada ao Ministério do Trabalho responsável por receber as solicitações de auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte e aposentadoria.

O estresse que um doente precisa se submeter para receber o benefício do auxílio-doença ou auxílio-invalidez é bastante significativo, pois além do rombo do INSS (calcula-se que a autarquia opere com déficit de R$ 146 bilhões), levantamento da Controladoria-Geral da União afirma que 45% dos 1,6 milhões de auxílio-doença pagos em maio do ano passado apresentavam indícios de irregularidade. Por isso, o INSS irá promover uma operação “pente-fino” em 12.885 beneficiários no estado de São Paulo, ação que deve sobrecarregar a já comprometida agenda dos médicos que realizam a perícia do exame e aumentar o tempo de espera para que o doente passe a receber o auxílio.

Ainda assim, caso se ultrapasse todas as questões burocráticas, os valores das indenizações pagas pelo INSS operam em tetos muito abaixo das rendas médias auferidas por grande parte dos médicos, colocando um problema sério para a manutenção do padrão de vida e forçando o uso de reservas importantes e alteração de planos familiares por um problema facilmente equalizado com aportes mensais que não afetam o orçamento.

Prevenção

Para a categoria médica, que majoritariamente trabalha de forma autônoma ou sem vínculos empregatícios, mas contratuais, contar com os benefícios do seguro de vida é de extrema importância. Isso porque qualquer ocorrência pode comprometer a capacidade de trabalho por um período ou mesmo por tempo indeterminado.

Mais que a saúde, acidentes que afastem o profissional de seu ofício se tornam prejudiciais ainda à saúde financeira da família. Já imaginou se um médico sofre uma fratura que o obrigue a ficar semanas em recuperação? Como garantir o pagamento das despesas do dia a dia se o profissional é autônomo?

Por estes e outros questionamentos – que você irá acompanhar ao longo das próximas semanas –, investir em produtos que garantam o seu conforto em situações de contratempo prova ser mais que um luxo, uma necessidade.

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