O brasileiro costuma dizer, em tom de brincadeira, que o ano só começa para valer depois do Carnaval. Mas tem gente que só consegue iniciar seu ano depois do acerto com o Leão, nos meses de março e abril. Para essas pessoas, quitar as pendências na declaração do Imposto de Renda marca a última etapa de uma longa série de despesas que dão muita dor de cabeça a quem não se planejou.
De fato, o começo de ano é cruel com as contas bancárias dos brasileiros. Depois da alegria das festas de Natal e Réveillon, chegam a fatura do cartão de crédito, o IPTU, o IPVA e as listas de material escolar e o boleto da matrícula das escolas. Quem viajou em dezembro recebe uma fatura de cartão ainda mais pesada, já que inevitavelmente gastou mais do que de costume ao curtir com a família.
Na hora de declarar o IR e pagar o imposto devido, a conta já está no vermelho e faltam recursos para resolver os débitos com a Receita. Essa é a situação mais perigosa para qualquer pessoa que não queira se complicar com dívidas – afinal, você vai passar quase três quartos do ano correndo atrás do que teve de gastar no primeiro trimestre. E quando chega o fim do ano, começa tudo outra vez…
A armadilha dos juros altos
O gasto com a quitação dos impostos devidos em março e abril é especialmente traiçoeiro com os profissionais da área da saúde. Muitos médicos exercem sua atividade em mais de um hospital ou consultório, resultando em uma declaração de IR com diferentes fontes pagadoras. Na hora do acerto, às vezes o médico tem de pagar um montante elevado para não ficar com pendências na Receita.
É aí que muita gente se complica: quando falta dinheiro na conta para pagar os valores devidos no IR, a solução acaba sendo entrar no vermelho. É o início de um círculo vicioso: você está sem recursos e recorre ao banco, mas os juros são tão altos que fica difícil quitar tudo o que você deve. E logo vêm outras despesas para aprofundar ainda mais o buraco em que você acabou se enfiando.
Muitos brasileiros pegaram o hábito – perigoso, vale ressaltar – de trabalhar com o cheque especial. O que deveria ser um recurso emergencial vira rotina, e a pessoa passa a ficar dependente do crédito que tem com sua instituição bancária. O consumidor acaba achando que uma eventual cobrança por passar do limite de dias no cheque especial é inofensiva, mas nem percebe o tamanho do rombo.
Cheque especial ou cartão de crédito?
A taxa de juros média do cheque especial nos grandes bancos brasileiros é de 12,9%. Você pode nem perceber quando usa esse recurso por poucos dias, mas está pagando um valor altíssimo à instituição. Um valor pouco significativo, de R$ 500, por exemplo, pode se transformar em uma montanha de dívida.
Em um ano, os R$ 500 que você usou viram R$ 2,144,36. Em dois anos, o montante salta para R$ 9.196,54. Em três anos, já são R$ 39.441,36, e em quatro, são incríveis R$ 169.152,81 – o valor de um automóvel de primeira linha. O risco é ainda maior com os juros do cartão de crédito, que costumam ter taxas ainda mais salgadas que o cheque especial. Pagar o valor mínimo da fatura e empurrar a dívida com a barriga é uma das piores coisas que você pode fazer.
A outra saída a que muitas pessoas acabam recorrendo é o empréstimo pessoal. Dependendo da negociação e das condições que você conseguir, pode até ficar em uma situação menos alarmante do que ter um buraco na conta bancária ou no limite do cartão de crédito. Ainda assim, trata-se de um cenário muito distante do ideal, algo que só deve acontecer sob circunstâncias realmente imprevistas.
Planejando com antecedência
Qualquer pessoa que já tenha enfrentado dificuldades para ficar no azul sabe: não há saída fácil. Quem está enfrentando um aperto em 2019 precisa começar desde já a se programar para não viver a mesma situação em 2020. Para alívio de quem está disposto a colocar as finanças em dia, há uma série de estratégias muito eficazes para não acumular dívidas e espantar o fantasma dos juros altos.
Vamos usar como exemplo o caso do Carlos Eduardo, profissional da área médica que já chegou a se assustar com a mordida do Leão em sua declaração anual de IR. Sabendo do risco de entrar no segundo trimestre do ano precisando apertar o cinto para não se endividar, ele adotou a técnica do 1/12, que explicamos em um post recente. Desde então, ele nunca voltou a passar por qualquer aperto.
Essa estratégia consiste em planejar suas despesas com antecedência, separar um valor mensal para dar conta dos gastos do começo do ano e investir essa quantia, fazendo o dinheiro crescer à espera das pesadas despesas de janeiro até março. Em muitos casos, a pessoa fica até com um montante para aproveitar: se o investimento foi bem feito, pode sobrar dinheiro mesmo depois de quitar todas as pendências.
Conte com a ajuda de um especialista
Se você não se preparou adequadamente para os gastos deste começo de ano e está perdendo o sono antes do ajuste com o Leão, é hora de colocar a casa em ordem. É claro que sua primeira preocupação é com a quitação das pendências mais urgentes, mas você não deve perder tempo: comece desde já a mapear as despesas e receitas para evitar a mesma dor de cabeça no ano que vem.
Como nem sempre é fácil identificar a melhor saída, o ideal é você procurar o suporte de quem conhece os melhores caminhos para planejar suas finanças. Seja no planejamento de curto prazo, para encontrar a melhor forma de pagar seus débitos, seja na estratégia de médio e longo prazo, para poupar e investir com inteligência, a ajuda de um especialista pode fazer toda a diferença.
A equipe da Campinas Seguros está totalmente preparada para oferecer esse apoio, em especial quando se trata do atendimento a profissionais da área da saúde. Com duas décadas de experiência no mercado, o Grupo Campinas coloca você no caminho certo, indicando como fazer os melhores investimentos e planejar suas finanças – isso sem contar a proteção de sua atividade e carreira e o bem-estar de sua família. Venha conversar com a gente!